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Conceitos Básicos: Interferências no ECG – Conheça os diferentes tipos

Conforme vimos no artigo “O que é um ECG”, a voltagem (ou tensão) gerada pelo coração a partir de sua contração e relaxamento é muito pequena. Para obter o ECG, essa voltagem é medida através dos eletrodos posicionados na pele e conectados ao Eletrocardiógrafo digital (ou sistema de monitorização).

Ocorre que, além da pequena voltagem gerada pelo coração, os eletrodos podem captar também, diversas outras voltagens. Daí surgem as interferências.

Essas  interferências podem se dar por diversos motivos, mas podemos classificar a maioria delas em 3 grupos principais:

Interferências de origem muscular
Interferências inerentes ao próprio eletrodo
Interferências de origem eletromagnética

Interferência de origem muscular: todo músculo gera voltagem ao contrair ou relaxar e além do coração, existem mais de 600 outros músculos no corpo. Isso faz com que os eletrodos também captem qualquer voltagem gerada por eles.

Interferências inerentes ao próprio eletrodo: ao aderir um eletrodo à pele, surge naturalmente uma voltagem entre ela e o ponto de ligação do eletrodo com o cabo de paciente. Essa voltagem pode ser muito maior do que as geradas pelo coração, e soma-se às voltagens presentes no corpo do paciente.

Interferências de origem eletromagnética: muitos não sabem, mas justamente pelo fato de conduzir eletricidade, o corpo humano também funciona como uma “antena natural”. Assim, capta as variações do campo eletromagnético presente no ambiente, que por sua vez geram outras voltagens que são captadas pelos eletrodos.
As origens desses campos eletromagnéticos podem ser as mais variadas, desde antenas de rádio e TV, tomadas e fiação da rede elétrica, lâmpadas fluorescentes  e até mesmo o celular.

Para minimizar os efeitos das interferências e obter um bom ECG, um eletrocardiógrafo digital de qualidade é fundamental, mas só isto não basta: o usuário precisa estar familiarizado com as principais origens de interferência e os procedimentos para lidar com elas.

Algumas pessoas usam “ruído” ou “artefato” como sinônimos de interferência, quando na realidade o ruído é uma forma de onda razoavelmente repetitiva que acontece de forma contínua ao longo do tempo. Já artefato é interferência que ocorre esporadicamente , sem um padrão definido. Ou seja, eles são dois tipos específicos de interferência.

Além disso, há outras interferências, como por exemplo a flutuação da linha de base, a qual não chamamos nem de ruído, nem de artefato.

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